segunda-feira, 5 de abril de 2010

"Porque a guerra é produto da paz!"

Você xinga, você se retorce, você provoca e se indigna quando alguém não lhe dá a reação esperada de volta. Não entende quando não querem explicar o que com todo seu ser você grita e urge na esperança do revide. Algumas pessoas não precisam explanar o que sabem que realmente são. Outras não precisam da necessidade de se fazer entender, porque somente a elas devem explicação. Preferir renunciar ao rancor, aos falsos casos emaranhados é sábio e confortante.Não grite nos ouvidos desconhecidos, ninguém é surdo e sendo não ouviriam de todo o jeito. Deixar pra lá, viver algo superior, algo com mais sentido do que situações mal resolvidas, que não valem o tempo perdido nem o esforço cedido. Deixar passar pra não ficar amargo, lutar por si ao invés de viver armado. Deixe, ai, por favor, deixe que falem sobre o que quiserem comentar. Há uma necessidade enorme em falar, em querer explicar, em mostrar ao redor o porquê dos erros, o porquê das renúncias, o porquê dos abandonos. Como uma novela. Cômoda, cheia de atrativos, cheia de egoísmo, falsos infortúnios e com tão pouca intensidade. Ouvir e falar,dissipar a urgência, entender a raiva, a frustração, o desespero é essencial, é voltar ao sossego do silêncio.Repassar, reviver a mesma história fase após fase, é martírio. Só vale a pena (e geralmente não o vale) se protagonista, sendo coadjuvante beira o ridículo.Ódio só sentimos por quem está acima de nós, quando somos o peixe pequeno esperando a conclusão da história do outro. História que se findará ou não de qualquer forma, independente das mutilações alheias. Que desperdício de anseio em ser os heróis de estórias fantásticas, estórias que só existem na rodinha de amigos, quando heroísmo soa melhor sem o descaso com o mundo real que está repleto disso, basta querer enxergar, basta querer entender, não apenas aplaudir quando todos apontam a direção da bela ação, sem tentativas frustradas de tentar encontrar a aprovação.Como um zero, que se entende como nulo, mas não o é. Complexo, é a origem e segmento. O primeiro, ainda que não o reconheçam como tal, enquanto ao mesmo tempo observa por último. Melhor assim, não estende a sua intimidade.



Esse textinho é velho, mais velho que andar para trás, mas é que no meio de toda a minha, finalmente, encontrada paz, eu consigo ver o flamejar das velhas tormentas. Se diferente, não seria eu. Não teríamos nós.


Ando tão...assim...mundanamente, humana e exponencialmente, forte! Porque o que não nos mata...

Um comentário:

  1. Olá minha querida e sensível Teresa Almeida, que textinho! Gostaria de aprender a andar para trás assim! Tenho fugido um pouco dessa polêmica (um pouco de covardia, talvez!)como diz meu irmão, eu tô muito de boa, na paz. O atleta futebolista viril e às vezes violento só quer saber paz, harmonia e prazeres lúdicos. Fazer o quê?

    Paz, harmonia e mais inspiração em sua vida (para o nosso bem)

    forte abraço

    C@urosa

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