quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Um café e uma música às seis da manhã.
sábado, 11 de fevereiro de 2012
Doesn't Remind Me
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Minha Pequena Catarina
Extremamente frágil àquela pequena sonhadora.
De rompante petulante e tão avessa às regras,
controversamente defensora dos bons costumes.
Sua beleza é, justamente,
essa fraqueza protegida, escondida e tão evidente.
Ah, mas como é terrível essa minha menina.
Quanto mais se dá, mais ela quer,
mais anseia, mais ela exige.
Mas se penso em desistir,
encontro aqueles olhos pidões e percebo
que tanta defesa nada além é, que medo e desejo.
Medo de ser abandonada novamente.
Desejo de ser única, desejada para sempre.
Tão intratável é esta pequena,
bem desejo vê-la sem dentes.
Para ver se aprende a não cuspir desaforos
e a não perturbar minha mente.
E quando vejo quão bondosa ela é,
quanto bem pode fazer se quiser,
meu peito se enche de amor e me controlo
para não tomá-la nos braços e
tentar aplacar sua dor.
Acabo lembrando que de toda esta guerra
e também das minhas batalhas,
a nossa é a que não interessa ganhar.
Esqueço do quanto ainda és criança,
do quanto difícil é, apagar da lembrança
o preço alto a pagar por viver.
Ah pequenina,
o que fazes tu com este teu amor.
Tanto sofrimento por um sentimento
que nunca se repetirá,
pelo respeito que não há de se restaurar.
Siga, vá lá, continue tentando,
esperando pela capacidade de se encontrar.
Em meio a esse caos,
achar o velho dom de se reinventar.
Continuando assim, enquanto o desejo for o de sempre,
o de abraçar.
Minha hostil menina, tão forte longe de mim,
tão frágil dentro de si.
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Amor. Escolha. Sensação.
Sempre achei que amor era uma palavra supervalorizada. Algo que flui fácil na letra de uma música vendável, nas mãos de um escritor habilidoso e na mente de um ser carente. Placebo do corpo e alma que insere emoções, explica a adrenalina do coração disparado, os caminhos cruzados e as peças que se encaixam com atenção do destino.
Copo vazio não transborda, não mata a sede. não sacia a necessidade menos ainda as excentricidades. Viver é isso, é encharcar-se de sensações, sentir que há vida mesmo quando a dor é profunda o suficiente para apalpá-la com os dedos enquanto se comprimi no peito e marca a alma.
Sentimentos são pedacinhos espelhados do que se vê, do que se possui no momento, do conteúdo que se almeja conter, do que se inventa ou do que fingi existir.
Amor a gente inventa, tenta e depois requenta. Se não for aproveita-se enquanto queima, lambuza enquanto apetece e depois joga fora a panela estragada. Mas aí nunca foi. Como dias de sol esquecidos simplesmente porque o nublado acizentou. Se não é o sujeito é porque era objeto, direto ou indireto. Fazêoquê. Ninguém usa o utensílio queimado a não ser que falte outro melhor, por gratidão ao trabalho dedicado ou de quebra galho por estarem os outros brinquedos ocupados.
Amor é escolha.
Escolha é sensação.
Como diria meu poeta maldito,é sentir que existimos mesmo no sofrimento.
Sensação é o grande objetivo da vida.
É o que leva a fé, a guerra, a mentira, a bondade, as drogas,ao milagre, aos filhos, ao espetáculo, a solidão e invariavelmente até a verdade.
Bendito, louvável, enaltecedor e demais sinônimos.
De toda a forma, amor será sempre a palavra que explica tudo quando o resto do mundo não entende coisa alguma. Palavra que eu aprecio muito.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Ryden
Odeio quando se referem a alguém ou algo desprezível como bizarro. Bizarro não é ruim e não é defeito. Pela definição do dicionário é algo nobre, gentil, original, portanto; e só por isso, extravagante ou estranho. De certo porque estranho é ser gentil hoje em dia. Gentil de genuíno e não de falsidade. É o que choca sem o desespero medíocre de cair na mesmice de querer chocar. Falar sem tentar prever a reação. Não revidar a covardia do covarde. Dualidade berrante autoexplicativa na mensagem subliminar. Bizarro é o mundo, em todos os seus aspectos violentos, apresentado com olhos irônicos de quem ainda permite-se enxergar beleza que cerca. É a verdade na face de quem é consciente que mentira não impede a derrota, ainda que ela seja perca. Perda momentânea se quem estiver jogando for sincero. Bizarro é só verdade que causa perplexidade. É o óbvio que não cai no óbvio. É singelo, tosco e tinta. E não tinta usada pra fingir ser tosco e singelo. É o exótico que não é hype. É o que não imita para ser notado. Bizarro é tão belo que usam seu significado da forma reversa para corromper com coisas feias o que na essência é tão honrável. É a descrição da beleza ficando feia pelo emprego indevido de seu significado. O que não é nada, nada, bizarro...
terça-feira, 14 de junho de 2011
A Arte da Guerra
domingo, 12 de junho de 2011
Moinho de vento
Caos, sigo a risca.. Sempre tive um pé meio Dom Quixote, Sancho Pança e seus moinhos de vento.
Qual outra graça teria o sofrimento,ainda que completamente infundado, se o melhor não puder ser retirado dele?
Você retira o melhor até de quem você dizia ter lhe causado mal, até daquele que sorri por que acha que você o odeia. Quer dizer; Você não sei, eu retiro! Porque a pessoa passou pela minha vida e querendo ou não, deixou e vice e versa uma semente a ser cultivada. Se a pessoa vai reconhecer ou não, é o jogo da vida. Você pode amontoar um monte de pininhos no seu carro do tabuleiro e depois perder tudo comprando ações de alto risco.
O tempo cura tudo. E você dá um jeito de consertar o que um dia esteve partido.Ou deixa partido mesmo, ás vezes o que parece quebrado é só uma fenda realizada pela natureza, e não há nada mais cíclica e sábia do que ela. Sabe porque? A vida ensina, regenera, cura o surto e lambe com bálsamo o que antes ardeu na pele.
Tal qual o mecanismo de um moinho de vento. Singelo e cru; ele sempre segue adiante. Gira a hélice após hélice e quando o inverno o congela; o sol posterior derrete o gelo. Um mantra que informa ao desavisado que relembrar o vento ruim é perpetuar o mau tempo. Quase uma prece gritada, dizendo: SEGUE ADIANTE!